Mulheres potiguares: desembargadora e juíza do TJRN são homenageadas em evento realizado pela ALRN

Vinte e duas mulheres com atuação no Poder Judiciário, Executivo, Jornalismo e da Política, entre outros segmentos foram homenageadas na tarde dessa terça-feira (12/3), pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Norte (ALRN). A sessão solene em homenagem ao Dia Internacional da Mulher contou com a presença de autoridades do Governo do Estado, Prefeitura de Natal, Tribunal de Justiça do RN, Câmara Municipal de Natal, Procuradoria-Geral de Justiça, Tribunal de Contas do RN e da

. A palavra de ordem é o reconhecimento ao valor e a luta das mulheres potiguares. Entre as homenageadas, a desembargadora Berenice Capuxú e a juíza Fátima Soares. A desembargadora Lourdes Azevêdo participou da solenidade e compôs a mesa de autoridades.

Com décadas dedicas à atividade judicante, as magistradas têm atuação reconhecida na área de Direito de Família. Berenice é a sétima mulher a compor como membro efetivo o Pleno do TJRN. Sua posse ocorreu em 24 de outubro de 2023. Fátima atua na área de preservação ambiental, atenção à mulher vítima de violência e projetos e ações socioambientais. As duas construíram trabalho voltado ao atendimento à sociedade potiguar, sobretudo, na apreciação de processos diariamente.

“Hoje esta sessão solene em alusão ao Dia Internacional da Mulher marca o compromisso e o reconhecimento desta Casa Legislativa na defesa das vidas e dos direitos de todas as mulheres. Essa data, que se iniciou em 1917 com o movimento de mulheres operárias por melhores condições de trabalho e de vida, segue até hoje como símbolo mundial de reivindicação por conquistas que possam transformar a sociedade em que vivemos”, disse a deputada Divaneide Basílio, presidente da Frente Parlamentar do Legislativo norte-rio-grandense.

Ao discursar em nome das homenageadas, a desembargadora Berenice Capuxú pontuou que o atual contexto mundial ainda não é tão favorável às mulheres. “Eu vejo que, mesmo com toda a legislação existente e vários direitos adquiridos, nós estamos estagnados há mais ou menos 20 anos. As leis são feitas, mas não são efetivadas, por vários motivos. E o que nós queremos não é a igualdade de mulher para homem, mas a igualdade entre seres humanos. E isso nós não temos. Quando eu fui ler e pesquisar para poder escrever, eu achei a estatística de que somente em 300 anos teremos igualdade entre os seres humanos. E me desanimei mais ainda”, ressaltou.

“Se estamos distantes de alcançar a paridade do reconhecimento humano entre os sexos, pensemos que temos responsabilidade sobre os avanços, pois nós criamos os nossos filhos. Eles sabem que seu direito começa onde termina o do outro? Dizemos que eles devem tratar a todos com dignidade e igualdade? É bom pensar... e é dentro dessa responsabilidade que podemos dar à sociedade filhos prontos para amar”, salientou a magistrada de segunda instância.

Também foram homenageadas Alda Lêda Torres Taveira, Ana Arcanjo Ribeiro Costa, Ana Beatriz Melo, Ana Katarina Xavier Dantas Fernandes, Anna Ruth Dantas, Brisa Bracchi, Francisca Ferreira França, Janaína de Lima, Jussara Salles de Souza, Lyane Ramalho Cortez, Maria Adélia de Arruda Sales Sousa, Maria Alzira Correia da Silva, Maria das Graças Fernandes Costa da Motta, Maria Dulcinéa Limeira Brandão, Maria José Jácome da Silva, Maria Ozenir Gomes Cabral, Myria de Freitas Suassuna, Samanda Alves de Freitas, Viviane Maria Neves e Zeneide Maria de Oliveira Amaral.